Parar e contemplar

Parar e contemplar

Conexão com a natureza é uma das grandes aliadas de quem deseja se blindar da aceleração intensa da vida contemporânea e ter mais saúde e qualidade de vida

No mundo moderno em que vivemos, onde a urgência e a ânsia pela produtividade se fazem cada vez mais presentes, desacelerar não é só importante, como necessário. Afinal, conforme destaca a psicóloga e palestrante Máris Eliana Dietz, as coisas têm um tempo certo para acontecerem e entender isso pode ser determinante para conquistar um equilíbrio entre saúde física, mental e social.

“O corpo humano tem a velocidade normal dele. Vez por outra o coração dispara, mas nós temos uma frequência cardíaca esperada, um número de palavras possíveis de serem ditas por minuto, uma forma de pensar e de organizar o nosso relógio biológico que já vem no nosso DNA. Quando a gente acelera além do que convém, a conta chega e muitas vezes como enfermidade, estresse, ansiedade e pensamento acelerado, impactando nas nossas emoções, ações e resultados”, adverte a especialista.

Sem contar que toda essa inquietude ainda faz muita gente viver no piloto automático. “Não percebe que chegou, não percebe o sabor, não viu que a árvore floresceu e tantas coisas num relacionamento interpessoal e também no relacionamento com a natureza. Não percebe e muitas vezes ainda fica estressado”, complementa Máris. Mas como mudar esta realidade? Segundo a psicóloga, é preciso ter autoconsciência, a percepção de que se está desconectado daquilo que está ao redor, e também o autocuidado em compreender que não somos robôs, nem máquinas e que é preciso sim desacelerar e apreciar a vida com tranquilidade. “Precisa haver uma harmonia entre o corpo, a natureza, o outro, a velocidade das coisas”, arremata.

O poder da natureza

Mas o que, afinal de contas, a natureza tem a ver com o desacelerar? Observar o caminho das formigas, um beija-flor sugando o néctar de uma flor ou uma borboleta voando, perceber que uma flor se abriu na madrugada e sentir seu cheiro ou até mesmo olhar para cima e brincar com o formato das nuvens. Esses são apenas alguns dos acontecimentos cotidianos elencados por Máris que, apesar de muitas vezes passarem despercebidos quando estamos acelerados, têm um importante papel na nossa saúde, bem-estar e, inclusive, produtividade.

“É muito importante dizer que não se perde tempo contemplando o belo, mas ganha-se qualidade de vida. Muitas vezes a pessoa está acelerada, preocupada, estressada e, depois de ter contato com a natureza, se acalma e volta à rotina de uma forma muito mais centrada, serena e produtiva, que é o que as pessoas também desejam, mas num equilíbrio interno, que pode ser regulado através dessas coisas bonitas de se apreciar. São sensações inexplicáveis, memórias positivas que vão se formando. E quando a gente valoriza a simplicidade, percebe também que a vida é complexa, mas é simples”, reitera a psicóloga.

Em contrapartida, ela faz um alerta: é preciso se adaptar. “Muitas pessoas querem estar na natureza, mas se sentem incomodadas com aquilo que a natureza traz. Em uma viagem em meio à natureza, por exemplo, você pode ter mecanismos para sentir-se mais confortável, mas não pode se indispor. Muitas coisas que fogem do nosso controle nos colocam para exercitar a flexibilidade, a capacidade de ressignificar e de focar naquilo que é positivo. Se está chovendo, se tem muito sol, como eu vou lidar com isso sem criar uma guerra dentro de si e uma aversão por aquilo que não está sob meu controle? Tudo tem vantagens e desvantagens, perdas e ganhos, mas os benefícios que ganhamos junto à natureza são maiores. É uma vida saudável, mais equilibrada, um voltar para si mesmo”, destaca.

E é justamente esta a proposta da Shambala Piri. Voltada para o ecoturismo, a estância de casas de temporada promete, em meio à exuberante natureza do cerrado goiano, uma nova forma para desacelerar e aproveitar ao máximo o turismo de experiência. Seja por meio da contemplação de deslumbrantes cenários como o amanhecer, o pôr do sol, o luar ou a bela vista das serras da região; da vivência da tranquilidade do campo, como acordar ao som do galo e dos pássaros ou colher frutas e hortaliças diretamente no pé; ou até mesmo do resgate de tradições e hábitos culturais, como fazer um piquenique ou acender uma fogueira sob o luar, entre tantas outras memoráveis experiências. Um verdadeiro convite a quem deseja desconectar-se e reconectar-se.


Imagem: divulgação/internet